Dr. João Vitorino - Neurocirurgião em São Paulo

Síndrome do Pé Caído

A síndrome do pé caído é caracterizada pela disfunção dos músculos dorsiflexores do pé. Essa musculatura age durante o caminhar impedindo que a parte anterior do pé, também conhecida como antepé toque no chão antes do calcanhar, resultando na marcha escarvante.

Na marcha escarvante, o paciente apresenta um caminhar arrastando a ponta do pés no solo , pela fraqueza na dorsiflexão. O paciente tenta fazer uma compensação elevando os joelhos na tentativa de não arrastar os pés.

Quais as causas ?
A causa mais comum é a lesão do nervo fibular. Seja ela por fraturas da fíbula alta, traumatismos superficiais do joelho ou neuropatias compressivas. (ex: compressão do nervo fibular ao nível da cabeça da fíbula).
A neuropatia do nervo fibular ao nível da cabeça da fíbula é considerada por muitos autores a síndrome compressiva do membro inferior mais frequente.

Outras causas:
* Lesão do corno anterior da medular
* Radiculopatia de L5
* Lesão do nervo ciático
* Lesão tendínea do tibial anterior
* Síndrome compartimental
* Doenças neuromusculares (Guillain Barré, por exemplo)
* Pós COVID

Quais exames são necessários para o diagnóstico ?
Os exames que avaliam a condução e estímulos nervosos são a base do tratamento. Sendo assim a eletroneuromiografia (ENMG) faz parte do arsenal diagnóstico. No entanto exames de imagem auxiliam na identificação da causa da lesão. Entre eles estão principalmente a ressonância magnética da coluna lombossacra, quadril ou joelho, a depender do local da lesão, bem como exames de ultrassonografia voltados para estrutura nervosa afetada.

Qual o tratamento mais adequado!?
Isso depende do tempo e da causa da lesão. Reparos e liberações do nervo fibular, órteses e cirurgias de transferências tendíneas ou artrodese estão entre as principais opções terapêuticas.

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