Dr. João Vitorino - Neurocirurgião em São Paulo

Angioma Cavernoso

O angioma cavernoso também é conhecido como malformação cavernosa, hemangioma cavernoso e cavernoma.

O angioma cavernoso se caracteriza por apresentar espaços vasculares sinusoidais contíguos e de variados tamanhos. As paredes são constituídas de uma única camada de células endoteliais e colágeno. As camadas elástica e muscular estão usualmente ausentes. Não se observa parênquima cerebral entre os vasos. Calcificação é achado frequente e observa-se tombrose em vários estágios. O tecido gliótico que limita a lesão é rico em hemossiderina. Não há artérias nutridoras nem veias de drenagem de grande calibre. Sua aparência lembra a de uma framboesa ou um pequenino cacho de uva.

Pode ocorrer em qualquer local do sistema nervoso central. Estima-se uma incidência inferior a 1% na população. Acredita-se que na maioria das vezes estas lesões sejam congênitas. No entanto, sabe-se que podem aparecer depois do nascimento, especialmente em casos de irradiação cerebral. Os angiomas cavernosos em até 1/3 dos casos apresentam-se múltiplos e nestes há uma grande associação com a hereditariedade. A ausência de tecido nervoso normal no meio destas lesões é o que as diferencia de outras malformações como telangiectasias, malformações arterio-venosas (MAV) e angiomas venosos.

Os angiomas cavernosos não causam sintomas. Quando os fazem, não costumam causar risco de vida devido ao baixo fluxo sanguíneo destas malformações vasculares.

Há três principais tipos de manifestação clínica:

✔️Crises epilépticas;
✔️Dor de cabeça e dano neurológico progressivo;
✔️Hemorragia no sistema nervoso.

O diagnóstico por imagem é realizado preferencialmente por ressonância do crânio e essas lesões são, classicamente, ocultas na angiografia cerebral.

O tratamento cirúrgico deve ser realizado nas lesões que promovem sintomas e sejam acessíveis cirurgicamente.

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