A fossa craniana média é limitada anteriormente pela crista esfenoidal, medialmente pela parede lateral do seio cavernoso e pelo cavum de Meckel, posteriormente pelo osso petroso, e lateralmente pela asa maior do esfenóide e pela porção escamosa do osso temporal. Meningiomas que surgem principalmente da dura-máter do assoalho são incomuns, e os meningiomas da fossa média foram arbitrariamente denominados assim com base em uma implantação de mais de 75% a esse local.
Na classificação inicial proposta por Sughrue e McDermott existiam cinco classes de meningiomas do assoalho da fossa média (segunda figura). Os tumores de:
✔️Classe 1 – 100% da sua base exclusivamente implantada na fossa média.
✔️Classe 2 – 0% a 24% de sua inserção na crista esfenoidal.
✔️Classe 3 – 0% a 24% de implantação na parede lateral do seio cavernoso.
✔️Classe 4 – 0% a 24% de implantação na crista petrosa e no tentório.
✔️Classe 5 – 0% a 24% de inserção na convexidade lateral da dura-máter.
No presente caso, o meningioma foi classificado como de classe 2.
(Vide figura 2 – ilustração A)
O paciente foi submetido a craniotomia pretemporal com ampla remoção da asa menor do esfenoide e exposição da região temporopolar. Prosseguimos realizando o “peeling” da fossa média com exposição dos 3 segmentos do nervo trigêmeo e desvascularização progressiva da base de implantação associada a coagulação e secção da artéria meningea média junto ao forame espinhoso. A seguir, foi realizada a remoção do componente infratemporal que se insinuava pelo forame oval. Adicionalmente, prosseguimos com abertura dural e remoção do tumor e dura-máter infiltrada com auxílio da fluorescência intraoperatoria.