Meningiomas múltiplos (MM), também conhecidos como meningiomatose, têm sido geralmente relatados como ocorrendo em apenas 1% a 10% dos pacientes com meningiomas, mas um estudo mais recente indica que a incidência é maior do que se pensava anteriormente. Não há definição padronizada de MM, mas é geralmente aceita como ≥2 lesões síncronas ou metacrônicas espacialmente separadas.
O primeiro caso de MM foi relatado por Anfimow e Blumenau em 1889 e a primeira tentativa de definir MM como uma entidade distinta foi feito por Cushing e Eisenhardt (1938) como “mais que um e menos que uma disseminação na ausência de estigmas da doença de von Recklinghausen”.
O objetivo desta distinção foi diferenciar o MM esporádico como uma condição separada daquela observada em associação com a neurofibromatose tipo 1 (NF1, doença de von Recklinghausen).
No presente caso, uma paciente portando 4 meningiomas (convexidade D, falcino, parassagital E e trígono ventricular E) foi submetida a remoção das lesões sintomáticas a esquerda.
Os pacientes com meningiomas múltiplos possuem uma doença crônica e devem ser conduzidos de forma individualizada. O tratamento cirúrgico das lesões tem como principal objetivo a manutenção da qualidade e quantidade de vida.