O novo guideline das Sociedades ASCO-SNO-ASTRO sumariza as principais recomendações terapêuticas para pacientes com metástases cerebrais de tumores sólidos.
32 estudos randomizados publicados desde 2008 preencheram critérios de elegibilidade e forneceram a base de evidências para as indicações de cirurgia, radioterapia e terapia sistêmica.
As principais recomendações são:
1. Cirurgia deve ser oferecida na suspeita de metástase cerebral sem diagnóstico primário de câncer, em tumores volumosos com efeito de massa.
2. Metástases cerebrais sintomáticas devem receber tratamento local (cirurgia ou radioterapia) independentes da terapia sistêmica usada.
3. Metástases cerebrais assintomáticas não devem ter seu tratamento adiado, a menos que especificamente recomendado na diretriz (Ex: NSCLC com EGFR ou ALK mutados em uso de terapia alvo, câncer de mama HER2 positivo em uso de agentes anti-HER, entre outros).
4. Radioterapia (RT) não deve ser oferecida para pacientes com metástases cerebrais e KPS ≤50 ou KPS≤70 sem opções de tratamento sistêmico.
5. Radiocirurgia isolada ou combinada a RT de crânio total deve ser oferecida quando 1-4 metástases irressecáveis, excluindo carcinoma pequenas células.
6. Radiocirurgia pode ser realizada em 1-2 metástases ressecadas se o tratamento da cavidade cirúrgica for seguro e considerando a extensão da doença intracraniana.
7. Radiocirurgia, RT de crânio total e a combinação delas, é uma opção se >4 metástases irressecáveis ou >2 metástases ressecadas e KPS ≥70. SRS é preferido para pacientes com melhor prognóstico ou se terapia sistêmica ativa no SNC.
8. Memantina e poupação do hipocampo devem ser oferecidos para pacientes que irão receber RT de crânio total e que não apresentam lesões hipocampais, com expectativa de vida > 4 meses.