Neuralgia

A neuralgia é considerada a mais frequente das neuropatias. Esta foi descrita por Beruto e Lentijo e Ramos em 1821, sendo definida como uma alteração incapacitante caracterizada por cefaleias recorrentes localizadas na região occipital.

De acordo com a classificação da International Headache Society (IHS), se define neuralgia occipital (NO) como “dor unilateral ou bilateral de natureza paroxística, lancinante ou aguda que se localiza na parte posterior do couro cabeludo na distribuição dos nervos occipitais maior, menor e terceiro, que em determinadas ocasiões é acompanhada de redução da sensibilidade ou disestesia na área afetada e que geralmente é associada à hipersensibilidade do nervo ou nervos afetados”.

Este tipo de neuralgia é classificada em um subconjunto que inclui dor pós- traumática, pontada, deformidade da espinha cervical, dor de cabeça tensional, cefaleia diária crônica e migrânea. Além da neuralgia occipital, a comunidade científica emprega outros termos para sua definição, como neuralgia C2, neuralgia de Arnold ou neurite occipital. Outras características são a presença de dor que recobre o ocipúcio e que diminui após o uso de bloqueios anestésicos nos nervos afetados.

A NO é uma condição clínica de múltiplas causas. Em sua manifestação podem intervir vários fatores:
🔹traumáticos
🔹anatômicos
🔹tumorais
🔹infecciosos
🔹alterações degenerativas (osteoartrite da massa lateral atlantoaxial, síndrome de artrose C1-C2).

Tratamento
Felizmente, existe um tratamento simples para neuralgia occipital quando os antiinflamatórios e analgésicos não curam a doença. Pode ser realizado aplicação de uma injeção de analgésicos nos nervos acima do pescoço – o que deixa a parte de trás da cabeça completamente dormente. O medicamento se espalha através dos nervos e bloqueia o envio de sinais que causam dores de cabeça por esse motivo. Nos casos em que apresenta uma melhora parcial ou temporária podemos lançar mão do uso de técnicas mais duradouras como a rizotomia dos nervos occiptais.

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